quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Perdemos a batalha...

Dia 12 de agosto, de manhã, minha mãe descansou.

Quarta-feira, dia 6 de agosto, ela foi internada. Estava fraca, muito fraca. A médica me avisou que talvez não desse mais para fazer quimioterapia, que os exames da minha mãe indicavam uma piora progressiva a cada semana. No dia seguinte uma outra médica falou comigo. Explicou tudo que estava acontecendo, e disse que poderíamos começar um processo de despedida. Meu mundo caiu. Tudo que por semanas nos segurava, a esperança de que ela fosse ficar melhor, foi embora. Fiquei com raiva da médica, de ela ter tirado de mim a esperança, porque eu via minha mãe bem, embora estivesse mais fraca. Mas desse dia em diante minha mãe foi ficando cada dia pior. Até sábado ela conseguiu falar conosco normalmente, e estava assustada. Ela sentiu que estava piorando, ela sentiu que talvez estivesse morrendo. Me perguntou várias vezes: "Aline, o que está acontecendo comigo?". Domingo e segunda ela só dormiu, e o pouco que falou já não era muito claro. Algumas coisas não entendíamos. Em um momento eu estava com ela, ela olhou bem no meu olho e disse: “Deixa eu ver a cara dele”. Perguntei: “Cara de quem mãe?”. Ela respondeu: “A cara do passarinho”. Fiquei feliz em saber que ela estava vendo coisas boas. Sempre gostou da natureza, de passarinhos, de cachorros...

Depois disso percebi que sua consciência já estava alterada. E mesmo assim falei com ela, e eu sabia que ela estava ouvindo. Falei o quanto eu a amava, o quanto ela faria falta para mim. Falei para ela ficar tranqüila que eu iria cuidar do meu pai e do meu irmão. Falei para ela quão boa mãe ela tinha sido, e que mesmo que sofrêssemos com sua ausência, iríamos levar a vida adiante, pois ela nos ensinou muitas coisas. Ela ouvia e pedia para que eu a deixasse descansar, dormir. Acho que ela não queria se despedir. Na segunda ela saiu do Instituto do Câncer e foi para o HC de novo, para que os médicos de lá avaliassem se alguma coisa pudesse ainda ser feita. Na transferência, fui com ela na ambulância. Acho que ela não entendeu o que estava acontecendo. Ela só pedia que esperássemos mais um pouco, esperar ela ficar fortinha, ela queria dormir.

Na segunda-feira ela acordou algumas vezes. Uma vez acordou, e chamou eu e meu irmão. Pediu que nós a levantássemos para que ela respirasse melhor. Seguramos cada um de um lado seus braços, e apoiamos suas costas. Ainda falei: “mamãezinha”, cheirei bem forte sua pele, encostei minha cabeça em seu peito. Nós a abraçamos pela última vez. Seus olhos estavam muito amarelos, e não olhava para nós com firmeza. Nesse dia a noite ficamos eu, meu pai e meu irmão um tempinho com ela. Ela começou a falar algumas coisas estranhas. Falava: “Acorda Jairo”, chamou pelo tio Juarez e o tio Reinaldo. Eu senti que ela estava vendo cenas de sua infância. Fiquei com muito medo de ela estar com dor e de não conseguir falar, porque dizia algumas coisas e não entendíamos. Ela olhou para meu irmão, falou com a voz fraquinha: “Ai Tiaguinho”. Não sei se era dor, não sei se era saber que estava indo embora.

Nessa noite fiquei no hospital, meu irmão e meu pai foram embora para descansar. Mas um médico conversou comigo e pediu que eu chamasse os dois de volta para ficarem ali comigo naquela noite. O médico viu que sua respiração estava caindo. Ele disse que poderíamos levá-la para a UTI, entubá-la, que ela resistiria por mais tempo, mas seria em vão, não teria volta. Em muitas das nossas conversas sobre a doença, sobre hospital, sobre tudo que ela temia muito, ela disse que não queria passar por isso. Nessa mesma semana eu disse a ela que não iríamos fazer nada que ela não quisesse. Falei para o médico que eu não queria que ela sofresse.

Meu pai e meu irmão voltaram e passamos parte da noite olhando para ela de longe. Víamos ela respirando difícil, e já estava inconsciente. Nessa madrugada nós três conversamos muito sobre a vida sem ela, sobre tudo que passamos nesses dois meses, sobre quão trágico tinha sido a doença não dar sintoma, e termos descoberto muito tarde. Falamos sobre como ela vinha sofrendo nessas semanas, muitas idas ao hospital, quimioterapia, agulhas. Falamos sobre como começamos a perdê-la em Maio, quando soubemos da doença. Sabíamos que não tinha cura, mas acreditávamos que minha mãe seria um caso raro, excepcional. Ainda bem que ela tinha esperança! Falamos sobre como ficamos juntos, nós quatro nessas semanas. E nessa última semana, em que ela ficou internada, praticamente moramos no hospital. Queríamos aproveitar cada segundo com ela. Eu pensava que ela poderia acordar, ficar mais consciente de repente, e não queria que ela se sentisse sozinha, Dormimos três noites seguidas por poucas horas dentro do carro, só para não ficarmos acordados direto. Revezamos para ficar com ela no quarto, e dormíamos apoiados na cama dela. Aproveitamos o quanto pudemos. Muitas vezes falei com ela, mesmo que estivesse dormindo.Sempre beijava sua testa, passava a mão em seu cabelo.

Na terça de manhã entrei na sala onde ela estava. Tinham colocado um paninho em seus olhos pois estavam inchados e lacrimejavam muito. A enfermeira me deixou entrar, mas disse que talvez ela não me ouvisse. Ela só respirava, e respirava fundo. Chorei. Falei para ela descansar em paz, ir calma, que nós iríamos dar um jeito de viver. Falei que a amava muito, que ela tinha sido um presente de Deus para mim e meu irmão. Sai da sala, e fiquei lá fora com meu irmão. Meu pai ficou perto da porta da sala onde ela estava. Eu senti medo de que ela ficasse assim por dias, e pedi muito para Deus que a levasse sem dor se não tivesse mais jeito mesmo. Passou pouco tempo meu pai me chamou. Disse que olhou pela porta e não a viu respirar. Disse que viu sua pressão arterial cair aos poucos. Viu o monitor que mostrava a pressão e os batimentos cardíacos desligado. O médico e a enfermeira logo fecharam a porta. Meu coração acelerou muito. Eu tinha certeza que tinha acontecido. Um médico veio então na nossa direção, disse que minha mãe estava mal há alguns dias, e que infelizmente tinha morrido. Nem eu nem meu pai nos desesperamos. Senti um alívio em saber que Deus tinha lhe poupado sofrimento, que agora ela não sentia mais nada. Perdi minha mãe aos pouquinhos. Sai na recepção, olhei para meu irmão, e disse que tinha acabado. Então choramos muito, os três. Tínhamos estado juntos ali na luta por 81 dias, com ela. E agora começava uma nova batalha: tentar viver sem ela. E será muito difícil.

Quando entrei em Cruzeiro no começo da noite do dia 12, me senti derrotada. Comecei a sentir uma falta de ar, uma sensação estranha. Saímos dali dia 26 de maio, os quatro, com esperança, mesmo que tudo indicasse o contrário. E agora voltamos sem ela. Cheguei em casa e me deparei com a imagem dela saudável, minha mãe do começo de Maio, aquela que me fazia agora sentir uma saudade muito doída. Juntamente com minha tia Valéria, meu irmão, minha prima Letícia e o Egidio, abri seu guarda-roupa para escolher uma roupa. Fomos até a funerária e escolhi o caixão. O corpo chegou, arrumaram-na, fizeram uma maquiagem para que não aparecessem os roxinhos em seu rosto.

O velório e o enterro foram do jeito que ela gostaria que fosse: na igreja com muitas pessoas queridas. Foi enterrada ao lado do avó que ela tanto amava. Tanto na igreja quanto no cemitério eu só pensava que ela tinha parado de sofrer. Vi o quanto foi difícil para suas irmãs e irmãos, para seu pai, para seus cunhados e cunhadas, seus sobrinhos e sobrinhas, seu amigos, verem que ela não tinha mais vida. Há 3 meses ela estava bem, alegre, andando, resolvendo as coisas da vida em Cruzeiro, linda e jovem como sempre. Era difícil para as pessoas verem quão rápido a doença a destruiu. Eu, meu pai e meu irmão a vimos ir aos poucos, talvez aquele momento tinha outro significado para nós. Acompanhamos ao seu lado todos os dias suas dores e seus medos. Sabíamos que aquela vida estava muito difícil para ela. Não foi tão duro ver seu corpo sem vida no caixão, ou vê-la ficando no cemitério, porque aquela ali não era ela. Minha mãe ficou lá em São Paulo, naquela sala quando parou de respirar. Ficou no quarto do meu primo em São Paulo que nos hospedou por 81 dias. Ela ficou aqui em Cruzeiro, em cada canto da casa. Por isso o mais difícil foi entrar em casa na tarde do dia 13 de agosto, depois de voltarmos do cemitério. Desesperei-me ao entrar na cozinha, ver o fogão, ver suas plantinhas. Chorei tanto, tanto, me deu uma dor imensa, a dor do vazio. A dor da ausência. Eu a queria ali comigo, como sempre foi.

A vida mudou. Vamos ter que dar um jeito de viver com sua falta e fazer tudo que ela fazia. Tudo está bagunçado, acho difícil organizar tudo. Hoje acordei, olhei várias fotos suas. Não me sinto desesperada o tempo todo. Consigo falar dela, falar de coisas boas e ruins que passamos.

Algumas coisas me consolam. Consegui me despedir, ela disse muita coisa para nós que nos deixam tranqüilos em saber que ela foi feliz com a gente, Deus me deu a oportunidade de cuidar dela e de fazê-la sentir que eu e meu irmão fazíamos isso com amor. Sei que sua morte foi aos poucos, foi serena, mesmo que tenha sido uma doença tão cruel e impiedosa. Do diagnóstico até agora foi tudo muito rápido. Sinceramente achei que passaria o próximo natal com ela, achei que ela fosse ter momentos de melhora que nos permitiriam vir para Cruzeiro com ela. Não deu. Deus a poupou de sofrer mais, porque a cura da doença nunca foi possível.

Queria agradecer muito a todas as pessoas que nos ajudaram e que confiaram que ela ficaria melhor. Quero agradecer a Tia Valéria, Tio Reinaldo, André e Leandro que nos hospedaram em São Paulo por 81 dias, que cederam um quarto para a gente, que proporcionaram a minha mãe um pouco mais de conforto (ela gostava de deitar no sofá, gostava da cama, gostava do chuveiro forte com o qual dei banho nela por tantos dias), que dividiram conosco muitos momentos difíceis. Agradecer a Tia Sueli e a Tia Naira que cuidaram da nossa casa em Cruzeiro quando não estávamos aqui. Agradecer a tia Fabiana, tia Valquíria, Leandro, Vô Antônio, Tio Dalísio, tio Jairo, tia Graça, tia Eliane, Vó Gilda, Vô Luiz, que foram em São Paulo, e levaram um pouco de Cruzeiro para minha mãe, ela ficou feliz com a presença de vocês lá. Quero agradecer aos meus amigos que me apoiaram em São Paulo, Lu, Ka, Isa, Aline, Maira, Tia Helena, Fabio e Eliane, que foram visitar minha mãe, e com quem eu sei que poderei contar sempre. Às meninas que vieram a Cruzeiro, e entraram em casa comigo. À Ju, que sabe muito bem a dor que é perder uma mãe. Agradecer a Dani, minha chefe, que além de ajudar no início com alguns exames da minha mãe, ainda entendeu muitas faltas que eu tive. Quero agradecer a Tia Graça, Tio Jairo, Tio Reinaldo, Adelaide e Ovídio que nos ajudaram nesses dois dias a arrumar todo o necessário para o velório e o enterro, coisas que ficam difíceis demais nesse momento. Agradecer também as pessoas que conheci no hospital nesse tempo, principalmente os enfermeiros do Instituto do Câncer, que tiveram tanta paciência com ela e cuidaram dela com tanto carinho. Quero agradecer a todos que oraram por ela, que pediram a cura, que torceram por nós. Quero agradecer a todo mundo que lotou a igreja no velório e que me abraçou. Sei que essa dor compartilho com muitas pessoas: minha mãe era mãe de muita gente.


A vida agora ficou mais cinza, perdeu o brilho, tudo vai ser diferente. Cedo ou tarde teríamos que enfrentar uma situação dessas, porque até agora tudo tinha sido perfeito.

Disso tudo quero deixar dois recados para todos

- Trate bem seus pais e as pessoas que você ama. Mesmo quando tudo está calmo e tranqüilo, a gente nunca sabe o que pode acontecer. De repente minha mãe descobriu uma doença grave que estava muito avançada. Graças a Deus não me arrependo de nada, sei que ela foi feliz tendo eu e meu irmão como filhos. E a dor hoje fica um pouco menor ao saber disso, saber que tudo ficou em paz.

-Vá sempre ao médico, previna. Dificilmente descobriríamos a doença da minha mãe antes, pois a colonoscopia, o exame que mostra alteração no intestino, e que mostraria o tumor antes de ir para o fígado e tomar conta do órgão, só é indicado para check-up acima dos 50 anos. O câncer tem cura, chances grandes, se descoberto a tempo. Nesse tempo falei com muitas pessoas com câncer, pesquisei muito, e vi que é possível sim, tudo é prevenção e detecção precoce.

4 comentários:

  1. Lindinha, nem sei o que escrever, o que dizer...sei que nada será bom o suficiente, porque nada pode curar a dor que vc está sentindo agora, nada pode preencher o vazio que está ai agora!!!

    O que consigo dizer é que eu e as meninas vimos vc e sua família lutando tds esses dias, tivemos esperanças e dores junto com vcs e vimos o qt vcs fizeram TD que era possível, o qt cuidaram dela, amaram ela, lutaram por ela. Td parece mto injusto, é mto injusto: essa doença, o sofrimento que passaram e estão passando agora! O que sinto que foi justo foi ela não ter sofrido por mais tempo com essa doença, ter tido dias difíceis, mas ao lado de vcs, que sempre fizeram o melhor para ela.

    Ter conhecido a sua mãe foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida, com certeza! Tinha e tenho um carinho por ela que eu NUNCA consegui explicar! Nas vezes que estivemos ai, sempre que ia embora e a abraçava, eu chorava, por mais que eu segurasse para não aparecer depois! Como vc mesma disse, ela era mãe de muitos...sentia como minha mãe tbm...ainda mais que elas são parecidas, né? :) A Tia era um anjo, que veio pra Terra pra deixar a vida de algumas pessoas mais brilhante...infelizmente, ela teve que terminar a viagem cedo demais, mas o brilho que ela deixou vai continuar pra sempre, em tudo e todos. Ela está ai dentro de vc, do seu pai, do seu irmão e são vcs que passarão ela pra frente em cada história que contarem, em cada atitude que tiverem!

    Lindinha, quero que saiba, novamente, que sempre estaremos ao seu lado! A adimiração que sinto por vc e por sua família é inexplicável. Sinto mto orgulho de ter uma amiga como vc!!! Muito obrigada por trazer tanto brilho para a minha vida tbm...um brilho hereditário, não é mesmo? :)

    Eu te amo pra sempreee!!! Pode sempre contar comigo e com minha família! Meu pai e minha mãe tbm estarão ao seu lado, viu?!

    Beijos! Depois eu te ligo pra combinarmos o final de semana, se vc quiser!

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  2. Aline, pela primeira vez consegui entrar no seu blog... Estou cada vez mais impressionada com a sua força!!!
    Não consegui ler tudo ainda, você me fez chorar de novo! E olha que sou "fortona"...
    Quando dei a notícias lá na salinha do AVS, fiquei lembrando daquele dia em que sua mãe foi ao Pérola para me conhecer! Me conhecer?! Era eu que queria conhecê-la e poder dizer que é uma honra poder ter a filha dela ao meu lado!
    Ainda me lembro do carinho dela, do jeito como me olhava e do quanto me agradeceu!
    Agradecimentos... Essa é uma das coisas que mais me tocam na vida!!!
    Querida, saiba que o que fiz e o que estou fazendo não foi nada! Queria e ainda quero poder fazer muito mais!!!
    Conte sempre comigo!!! E tenha certeza que você tem muito mais do que uma chefe aqui, rezando por você!
    Grande beijo e forte abraço!!!

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  3. Olá Aline, leio tudo que você escreveu e vejo um filme igualzinho passando a minha frente...o sofrimento e o fim de nossas mães foi muito parecido...a dedicação e o sofrimento que nos passamos é muito parecido...este vazio que voce sente, este aperto no coração e esta saudade é muito grande eu sei...este dia a dia esta sendo muito dificil para mim e sei como deve estar sendo dificil para voce tambem...confie em Deus e acredite que ele possa te erguer novamente e retirar este vazio e esta angustia de seu peito e sei o quanto voce se dedicou ao tratamento dela e o quanto foi presente neste periodo e sabemos que isso foi muito importante para ela...se sentir amada e apoiada neste momento dificil fez a diferença!!! Parabens pela sua força e garra e que Deus receba sua mãe de braços aberto e que ele te conforte para que voce consiga se reerguer...acredite que neste momento podemos falar qualquer coisa mas somente Deus podera lhe ajudar, lhe segurar agora...se precisar de algo estarei aqui e sinta-se abraçada...Que Deus te abençoe e seus familiares tambem...

    bjs
    Silvia

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  4. acho que demorei pra escrever..estava criando coragem, na verdade ainda não criei, mas acho q ja ta na hr de escrever..
    Bom! td aconteceu mto rapido e confuso..ate hj não entendi nd,mas vou conta o meu lado: cada dia q c passava via minha tia mais branca, ela falava q era do acido q usava no rosto e mais magra, falava q tinha parado d janta, mas o q mais deixava cabulada era q sentia mta dor no estomago, um dia ela me perguntou c quando eu emagreci eu tmb sentia essa dor, falei q sim.. isso pareceu um alivio pra ela.. td dia d tarde eu ficavan com ela, quando não era eu era minha mae..um dia comentei com a tia valeria q eu achava q a tia divalva tava fazendo mto resime...que inocencia da minha parte!! no dia das maes fomos pro sitio, lembro q subi junto com ela na arvore pra pode pega limão, foi bem divertido.. ela estava mto bem nesse dia! no outro dia ela começou a senti mais mal, colocamos a desculpa na comida e isso foi adiando mais e mais sua ida ao medico, ate q não teve jeito, meu tio fez exame de sangue e deu anemia profunda, no outro dia ela fez endoscopia..oh loco não era gastritee nem ulcera..Bom c fosse! ainda aki no hospital d crz o medico chegou e disse pra minha mae q poderia ser cancer, mas minha mae ficou com medo d levar isso adiante.. lembro q quando ela estava no hospital aki, eu sai da escola correndo e fui fica com ela.. fiquei a tarde inteiraa, ela pediu pra fazer massagem (isso eu acho q era uma das coisas q mais gostava q eu fizesse pra ela)e esquenta a sua mao, q tava mto gelada..esse foi o ultimo dia q estive presente sozinha e bastante tempo com ela.. lembro q conversamos um pouco, ela falou q ia dormi e era pra mim não deixa ela sozinha, fiquei la do seu lado um tempão! quando foram pra são paulo td mudou, começando pela ida triste (perecia q estavam fugindo), as noticias q vinham d sp era cada vez mais tristes e mais retorcidas, naõ sabiamos ao certo o q estava c passando...meu desejo era d corre pra la e vivenciar td com meus tios e meus primos, mas nada ajudaria, deveria fica aki e cuida da casa deles..noticias: só por internet, foi a solução pra acalma um pouco quem estava d longe..cantaram ate parabens pra mim por aki rsrs chorei mto esse dia!! Sabia q não estava nd fácil em sp, mas só restava reza aki.. nesses utimos dias liguei pro meu tio e ele me disse q era pra ir despedi dela..”MEU CORAÇÃO CONGELOU” venho na minha mente o q disse pra mayara quando estavam indo pra sp: Mah eu acho q a tia não volta mais!! E ela realmente não voltou. Desde desse dia já esperava a noticia definitiva, o diretor me chamou na sala e eu já sabia, quando ele disse pensei: que bom q minha tia dinalva esta com minha mãe!! Ixii ela nem estava. Pensei isso pq minha tia sempre foi a mais forte e a q mais dava força aki.. Mas eu não estava errada ela realmente esta aki, presente com todos nós!
    MAS E AGORA?? Em quem vou fazer massagem? Quem vai corta e passar creme no meu cabelo? Pra quem vou recorrer quando acontece algo aki em casa? Pra quem vou conta as novidades? Com quem vou compra roupa? Com quem vou viaja? Quem vai abri meus olhos pras coisas q precisam ser feitas? Com quem vou pode conversa sobre td e sobre todos? QUEM VOU AMA COMO MINHA MAE?
    Sei q onde ela esta, ela esta olhando por nós.. E sei q seu desejo é q a vida continue! Por isso vou fazer o q puder pra unir ainda mais a família.. ainda mais agora q ganhei dois irmão (Tiago e Aline)! Mas sua falta ninguém vai tira d mim..sempre vou te amar minha tia mae visinha

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