quarta-feira, 25 de junho de 2014

What dreams may come...



"Thought is real. Physical is the illusion. Ironic, huh?"


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Um dia sonhei que eu e meu pai dirigíamos em Nova York, numa rodovia saindo da cidade. Cada um em um carro, acelerávamos muito, numa estrada que levava a uma estrada menor de terra. Eu me sentia otima motorista, e ele era, claro, o melhor motorista do mundo. Eu tive um sentimento parecido com quando eu era criança, e achava o máximo o jeito que ele dirigia. No sonho ele estava quase me ensinando como ser como ele. Quando estacionamos, na tal estrada de terra, encontramos várias pessoas conhecidas, todas de Cruzeiro. Estavam tendo uma festa. Meu sonho ficou confuso, mas logo começou uma confusão, e todo mundo correu. Tentamos nos esconder numa loja, mas logo vi a policia levando meu irmão. Eu então corri atras deles, e pedi para que eles me levassem também. No sonho eu sabia que se eu não fosse junto, eles iriam levar meu irmão embora para sempre.

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Sonhei que tinha chegado a hora de voltar pros Estados Unidos, e meu pai ficou muito bravo. Ele estava numa cama, e muito bravo, começou a gritar que não era para eu ir embora.

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Sonhei que morava numa casa, só com minha mãe. Ela estava super feliz porque meu primo Gustavo estava trabalhando perto da nossa casa, e iria passar uns dias com a gente. Ela estava cozinhando alguma coisa especialmente para ele.

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No sonho eu estava me arrumando para ir num casamento de uma conhecida daqui dos Estados Unidos, e minha mãe e uma outra mulher que nunca vi também estavam se arrumando.  Eu nao conseguia achar meu vestido, nem arrumar meu cabelo. Estava super atrasada, e achando estranho que minha mãe e a tal mulher também queriam ir, uma vez que elas nem conheciam o casal. Mas na minha cabeça a situação mais estranha era que todo mundo sabia que minha mãe tinha morrido, e eu nao sabia como explicar para os outros a presença dela. No final conclui que deveria explicar para as pessoas que minha mãe tinha morrido, mas que as vezes ela voltava.

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Sonhei que estava brincando com a Boli. Ela virou de barriguinha pra cima, e fiquei fazendo carinho nela. Ela estava mais gordinha no sonho. Mas logo parei, e achei engraçado que ela ja tinha morrido, mas ainda estava ali.

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Noite passada sonhei que morava numa casa dentro de um hospital com meu pai. O telefone tocou, e um novo médico do hospital disse: "Dr Fulano, chequei os exames e percebi que houve um engano nos exames do Valdir, ele não teve cancer". Percebi que o novo médico achou que estava falando com o medico do meu pai, e logo desliguei. Fiquei muito confusa. Não sabia se aquilo queria dizer que meu pai não iria mais morrer, ou se ainda teria jeito de fazer alguma coisa. Logo corri para contar para o médico do meu pai, e fiquei indignada como era possível que dois hospitais tenham errado o diagnóstico.  Contei para minha mãe e meu irmão, e eles acharam melhor não contar nada pro meu pai. A gente achou que ele iria ficar muito bravo! Não ficou claro se ele tinha morrido ou não. Decidi visitar uma amiga minha, que de verdade morou comigo em SP, e viajou comigo pra Holanda. Quando cheguei no apartamento dela, ela estava brincando de guerrinha de bexiga de agua, e entrei na brincadeira. Começamos a lembrar de como sempre brincávamos disso (o que nunca aconteceu de verdade), e de como tínhamos saudades daquela época em SP. Foi um sonho sobre voltar no tempo.

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Sonhei que meu avô paterno estava muito doente, e minha família estava muito preocupada. Eu estava andando na rua, e vi um velhinho muito parecido com meu avô andando de mãos dadas com um menininho. Escutei quando ele chamou o menininho de André Rafael (nomes de dois dos meus primos). Fiquei muito admirada, e corri para contar pro meu pai. Ele também ficou muito admirado, e achou que aquilo era um sinal que meu avô ficaria bem.

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PS. Sonho demais! Ultimamente só sonho com meus pais. Engraçado, que meu irmao sonha menos, mas ele tem sonhos super intensos, em que parece mesmo que esta conversando com meus pais. Logo quando minha mãe morreu, eu comecei a ter sonhos muito parecidos uns com os outros, e que foram mudando de acordo com o desenvolvimento do luto e da aceitacao. Tentei achar aqui um texto que escrevi sobre isso, mas nao achei! Se achar posto outro dia.

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"(...)To die, to sleep,                 
No more; and by a sleep to say we end

The heart-ache, and the thousand natural shocks
That flesh is heir to: 'tis a consummation
Devoutly to be wished. To die, to sleep;
To sleep, perchance to dream – ay, there's the rub:
For in that sleep of death what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause – there's the respect
That makes calamity of so long life (...)"

(Shakespeare - Hamlet)

"Morrer; dormir,
Só isso; E com o sono - dizem - extinguir
Dores do coração, e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável. Morrer, Dormir;
Dormir, talvez sonhar. Ai está o obstáculo;
Os sonhos que hão de vir no sono da morte,
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar - e é essa a reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa (...)"
(Hamlet - tradução Millôr Fernandes) 

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