E 8 anos depois
Ainda
Entre momentos banais do cotidiano
Entre dois degraus que subo no metro,
logo depois de tirar os sapatos ao entrar em casa,
ou entre fechar os olhos e o sono vir
Tenho 3 segundos de espanto
Quase perco o ar, pulo duas batidas
E vem um mistério
Que de tão grande não se faz em pensamento
Não cabe no pensar, cabe só no sentir.
Eu sinto:
Como minha vida existe sem você?
E tomo o terceiro degrau.
E sonho.
Ou sento no sofa.
E sigo
Cheia de desamparo e coragem.